segunda-feira, 4 de junho de 2012

Supervírus vai além da ameaça cibernética, diz especialista


O ataque do supervírus Flame, que vem agindo desde 2010 e só foi divulgado nesta semana, marca o início de um "jogo desigual" no mundo e extrapola a ameaça cibernética. A análise é do pesquisador regional sênior para América Latina da Kaspersky, empresa de segurança que descobriu o malware, Dmitry Bestuzhev. "Esses atacantes tem acessos a informações sigilosas que podem ser usadas das mais diversas maneiras", afirma o analista de segurança. O Flame é um dos mais sofisticados softwares maliciosos já descobertos. Tem um código 20 vezes maior do que o do Stuxnet - que destruiu instalações do programa nuclear iraniano -, foi construído com cerca de 20 módulos e os pesquisadores ainda não sabem o propósito completo da maioria deles. Trata-se da ferramenta de roubo de dados mais completa encontrada até hoje, podendo gravar sons, acessar comunicações por Bluetooth, fazer capturas de tela e unir-se em conversas via Messenger.
O principal objetivo do ataque é obter informações confidenciais de sistemas críticos de países do Oriente Médio, principalmente do Irã, que teve 930 máquinas infectadas. O vírus vem agindo desde 2010, mas foi descoberto somente neste ano. Para Bestuzhev, o caráter direcionado do ataque foi o que dificultou a identificação do Flame. "O ataque foi limitado geograficamente e desde que começou a operar atacou somente algumas centenas de máquinas. Essa caraterística programada e direcionada foi o que dificultou o trabalho de identificação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário