sexta-feira, 15 de junho de 2012

Filha já gastou R$ 95 mil para congelar pai


O sonho de ressuscitar o pai, que morreu no começo deste ano, está causando uma disputa judicial entre três irmãs. Luiz Felippe Dias de Andrade Monteiro, engenheiro da Força Aérea Brasileira (FAB), faleceu em 22 de fevereiro, em plena Quarta-feira de Cinzas após o carnaval. A filha mais nova dele, Ligia Cristina Mello Monteiro, do segundo casamento de Luiz Felippe, começou então uma saga para tentar congelar o corpo do pai através da técnica conhecida como “criogenia”, que utiliza nitrogênio liquido para resfriar e preservar o corpo. Segundo ela, o congelamento era um desejo expresso pelo pai antes de morrer. Como o pai, Ligia acredita que, com o avanço da ciência, será possível trazer o pai de volta à vida em algumas décadas.
“Já pensou ter a oportunidade de, daqui 30 ou 40 anos, poder rever meu pai?”, indaga Ligia. “Não tem provas de que isso possa acontecer, mas é um sonho”, complementa. Entretanto, as outras duas irmãs, Carmen Sílvia Monteiro Trois e Denise Nazaré Bastos Monteiro, do primeiro casamento, não concordaram com o congelamento, que seria realizado por uma empresa da cidade de Detroit, nos Estados Unidos. Elas entraram com um processo contra Ligia, exigindo o sepultamento de Luiz Felippe no jazigo da família, em um cemitério de Canoas, cidade no litoral do Rio Grande do Sul, onde vivem. “As irmãs que moram no Sul falaram que o congelamento do pai era um absurdo”, conta Rodrigo Marinho Crespo, advogado delas.

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