Uma das principais propostas da campanha da presidente Dilma Rousseff para a educação – esperada e defendida por militantes da área e inúmeras famílias – não deve se concretizar. Das 6 mil novas creches prometidas por ela, apenas 7% (um total de 417) estão prontas. Até a última sexta-feira (os números mudam a cada dia), ainda havia 2.251 unidades em construção, sendo que 782 estão com 80% das obras concluídas. Mais do que metas não cumpridas, os números mostram que atender à demanda da sociedade por creches e pré-escolas (essa fase, a partir dos 4 anos, terá oferta obrigatória a partir de 2016) é uma tarefa difícil de ser cumprida. Mesmo que todas as 8.348 unidades autorizadas para construção desde 2007 até agora fiquem prontas, elas ainda serão insuficientes. “O Brasil vai precisar de muito mais para atender à demanda social”, reconhece Romeu Caputo, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ele lembra que, durante anos, não houve financiamento federal específico para essa fase educacional. “Mas esse é um momento histórico. O financiamento nunca foi tão grande”, ressalta. De 2007 a 2013, o governo federal investiu R$ 8,9 bilhões nas creches. Em 2014, serão R$ 3,5 bilhões. O Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que financia a construção de creches e pré-escolas em todo o país, foi criado em 2007. Durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os municípios e o Ministério da Educação firmaram convênios para a construção de 2.285 creches.
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