sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Pesquisa do IBGE revela que 10% mais ricos concentram 42% da renda no país

As desigualdades sociais se reduziram no país nos últimos dez anos, mas nada tão significativo, tendo em vista que 10% da população mais rica concentrava 42% da renda do país em 2012, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Por outro lado, 40% dos mais pobres concentravam somente 13,3% da renda do país, de acordo com o relatório Sínteses de Indicadores Sociais, elaborado através de uma ampla pesquisa realizada em domicílio. Em 2012, segundo o IBGE, 6,4% das famílias brasileiras recebiam até um quarto de salário mínimo por pessoa (cerca de R$ 155,50) e 14,6% ganhavam entre um quarto e meio salário mínimo por pessoa (entre R$ 155,50 e R$ 311). Apesar do abismo evidente, a diferença entre o rendimento médio dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres, que era de 16,8 vezes em 2002, caiu para 12,6 vezes em 2012. Essa redução permitiu que o chamado Índice de Gini, que a ONU utiliza para medir as desigualdades no mundo, passasse de 0,557 ponto, em 2004, para 0,507 ponto, em 2012, um número que posiciona o Brasil cada vez mais longe dos países com pior distribuição de renda. A diferença entre a renda dos brancos e dos negros também caiu, mas ainda se mostra significativa. Enquanto entre os 10% dos mais pobres da população brasileira inclui 14,1% dos negros e mulatos e somente 5,3% dos brancos, entre os 10% mais ricos estão 15,9% dos brancos e só 4,8% dos negros.

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