sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Usuário de crack é vítima e não pode ser criminalizado, defende Solla

A inauguração de um novo Centro de Atendimento Psicossocial Álcool Drogas (Caps) na capital baiana, na tarde desta sexta-feira (27), é o novo aliado no combate à epidemia de drogas que atinge principalmente o centro histórico de Salvador. Em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5, nesta sexta-feira (27), o secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, defendeu uma abordagem diversificada do problema, que inclua o investimento em campanhas de prevenção e a participação da família na decisão de iniciar o tratamento. “Droga não é uma questão de polícia, é um problema de saúde pública que precisa de enfrentamento do ponto de vista da educação, da saúde, da família e da reinserção no mercado de trabalho. Nós estamos ainda arranhando nisso, nossos recursos ainda são muito incipientes”, afirmou.
Em entrevista, o secretário defendeu ainda a descriminalização dos dependentes, classificados por ele como “vítimas” que precisam de tratamento. “O passo mais importante que nós demos para enfrentar essa epidemia foi identificar as vítimas. O usuário de crack, por exemplo, é uma vítima, não pode ser preso, nem criminalizado”, disse. A unidade especializada na assistência e recuperação de dependentes químicos está localizada no antigo prédio da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Terreiro de Jesus. Com 30% de recursos do Ministério da Saúde e 70% do governo baiano, o Caps contará com uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, psicólogos e assistentes sociais. A inauguração contará com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Ele virou presença constante aqui. A parceria entre nós está forte”, comemorou. (Bahia Notícias)

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