O surgimento de um quarto tipo de dengue, que circulará pela primeira vez na Bahia neste verão, acende o alerta quanto à possibilidade de uma epidemia no estado. A pesquisadora do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Glória Teixeira, adverte que quanto maior o número de vírus, maior também a probabilidade de infecção. “Nós, não apenas no Brasil, como também no mundo de forma geral, não temos ainda uma forma científica precisa, no caso da dengue, para determinar se haverá epidemia, mas o risco existe”, adverte. Para diminuir a probabilidade de que o quarto tipo da enfermidade se alastre pelo país, o maior aliado ainda é a prevenção, com a adoção de cuidados simples como não deixar água limpa parada e acabar com as larvas do Aedes aegypti. As medidas tornam-se ainda mais importantes com a constatação de que a nova variação aumenta o risco de apresentar a forma hemorrágica da doença.
“O risco de dengue hemorrágica é maior porque grande parte da população já teve outros tipos de dengue e adquiriu anticorpos contra os outros sorotipos da doença”, explica Glória. Em caso de surgimento dos primeiros sintomas da enfermidade, a recomendação da especialista é ingerir bastante líquido e procurar assistência médica imediatamente. “Se entre o terceiro e o quarto dia da doença a pessoa se sentir tonta, apesar da febre ter baixado, e apresentar pequenos sangramentos, além de dor de barriga, é um sinal de alerta para dengue hemorrágica”, avisa. A existência de focos do mosquito ou a ocorrência da doença podem ser comunicados pelo site Dengue na Web, desenvolvido pelo ISC/Ufba e coordenado por Glória. O portal interativo permite a coleta online e a análise de informações em “tempo real”. Os dados são encaminhados para as secretarias de Saúde e para pesquisadores que investigam a doença. (Bahia Notícias)
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