Para LourivalTrindade, secretário de Cultura e Turismo de Cachoeira, o acervo público é um dos mais antigos perdendo apenas para o arquivo nacional e estadual, por isso merece um cuidado especial, pois se trata de um bem público com informações preciosas para a história não só da cidade de Cachoeira como de todo o Recôncavo.
Porém, já faz algum tempo que o arquivo público municipal vem sofrendo problemas como falta de infraestrutura, higiene, armazenamento inadequado dos arquivos, poeira, fezes de pombo e morcego. Por isso, encontra-se parcialmente fechado.
O local esteve fechado por alguns meses para que fosse feita a higienização, contudo isso não resolveu o problema do arquivo, pois é preciso uma reconstrução no acervo para que possa a voltar a funcionar normalmente.
Parceria para progredir
Ciente da situação do arquivo, o secretário diz ter procurado a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e o professor de história da instituição, Walter Fraga, que também é coordenador do Núcleo de Memória, para tentar uma parceria.
Nesta parceria, a UFRB entraria com a higienização, recuperação dos arquivos, armazenamento adequado e com meios que pudessem gerar lucros para a digitalização dos documentos. Para Lourival, essa seria uma forma da universidade contribuir com a cidade de Cachoeira. Em contrapartida, o arquivo estaria de portas abertas para a comunidade acadêmica. De qualquer forma, ele ressalta que até o momento ainda não obteve resposta.
Fraga, por sua vez, diz que já tem uma equipe formada por professores e funcionários técnicos trabalhando no arquivo para fazer um levantamento do que é preciso para a reorganização do acervo. Afinal, segundo ele, só com a pesquisa em mãos e feito os devidos cálculos que, então, tentaria um convênio com a prefeitura de Cachoeira.
Preservar para partilhar
A UFRB entraria com a parte técnica da reorganização e a prefeitura com os recursos financeiros. Para o professor, esse projeto já era para estar pronto, mas devido a alguns problemas como a paralisação estudantil não teve como dar continuidade ao mesmo e uma resposta concreta ao secretário municipal.
Fraga afirma que, como professor de história, sabe da importância do arquivo e da grande demanda de pesquisa no mesmo. Principalmente para defesas de mestrados e doutorados e enfatiza: “Sinto a dificuldade dos meus alunos em fazer pesquisa no arquivo na atual situação”.
Já Lourival diz que, enquanto não for feita a reorganização do arquivo, o mesmo se encontrará fechado para novas pesquisas, sendo permitida apenas pesquisa já em andamento de mestrados e doutorados, e mesmo assim só são permitidos três pesquisadores por dia.
Os alunos que precisarem realizar pesquisas no arquivo municipal terão que procurá-lo na Secretaria de Cultura das 8h às 14h, portando documentos pessoais, histórico acadêmico e declaração assinada pelo orientador da pesquisa para receber autorização.
por Toni Caldas
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Informações de Marizangela Sá - Reverso Online
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