Nesta quarta-feira, 13, enquanto esperava a decolagem de seu voo de Brasília para o Rio de Janeiro, William Bonner utilizou o Instagram para analisar as ofensas que recebeu nas redes sociais, em relação às perguntas feitas por ele aos presidenciáveis no Jornal Nacional, do qual é âncora. O jornalista pediu respeito e tolerância na Internet.
Leia o texto na íntegra:
"Vejo com espanto como as paixões eleitorais momentâneas podem alimentar a intolerância de um tipo de eleitor que se considera suficientemente informado sobre os candidatos - e que nega às outras pessoas o direito de se informar. É aquele que não quer saber mais nada. Não quer ouvir explicação sobre nenhuma questão polêmica. E é um direito dele. O problema é quando não quer que ninguém mais tome conhecimento daquelas questões. E, por isso, insulta quem pensa de forma diferente, insulta quem cobra aquelas explicações de candidatos a cargos públicos. Isso se chama obscurantismo. Tenho 30 anos de profissão e me orgulho de ter entrevistado candidatos à presidência do Brasil em 2002, em 2006, em 2010 e neste ano. Em todas as entrevistas, fiz e farei as perguntas que os candidatos prefeririam não ter que ouvir. Assuntos que lhes são desconfortáveis, incômodos. Assuntos que eles não abordam na propaganda eleitoral, obviamente. São assuntos de interesse jornalístico, são assuntos que o eleitor deve conhecer. Todos os candidatos que entrevistei, sem nenhuma exceção, sabiam que era papel deles prestar esses esclarecimentos - e que era meu papel cobrar as explicações. E isso sempre foi feito, de ambas as partes, de forma cordial, serena, respeitosa. Sempre.
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