Em seu último dia de visita à Ásia, o papa Francisco desafiou os coreanos, do norte e do sul, a rejeitarem a "mentalidade de desconfiança e o confronto que obscurece as suas relações" e os incentivou a encontrar novas maneiras de promover a paz na península dividida pela guerra. Antes de embarcar em um avião de volta a Roma, o papa celebrou uma missa de reconciliação na principal catedral de Seul, na presença da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e de alguns desertores do regime da Coreia do Norte. Esse foi o evento final de uma viagem de cinco dias que confirmou a importância da Ásia para o papado e para a Igreja Católica como um todo, uma vez que a religião é uma das que mais cresce na região. O apelo por paz de Francisco ocorreu no mesmo dia em que os EUA e a Coreia do Sul iniciaram um exercício militar conjunto depois que a Coreia do Norte afirmou que iria fazer um "ataque preventivo implacável" contra os aliados. Em um momento comovente, no início da missa, Francisco ajoelhou-se e cumprimentou sete mulheres que foram forçadas à escravidão sexual pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Em sua homilia, o pontífice disse ainda que a reconciliação pode ser atingida apenas pelo perdão, mesmo que pareça "impossível, impraticável e, às vezes, até mesmo repugnante".
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