Fundada na segunda metade do século XIX pelo alemão Gerhard Dannemann, a mais antiga fábrica de charutos do Brasil iniciou sua produção com apenas seis funcionários. Geraldo Dannemann - como passou a ser chamado - chegou ao País em 1873, quando comprou a então falida empresa de charutos Schnarrenbruch e mudou-se para São Félix, na região do Recôncavo Baiano. O grupo suíço Burger adquiriu a licença do nome Dannemann em 1976, e produz até hoje os charutos da marca, que não perdeu seu prestígio na Europa.
O repórter Marcus Augusto do Voz da Bahia entrevistou Luiz Santos Araújo (ver foto acima), o gerente de produção da empresa, o qual informou que a instalação que é encontrada hoje tem aproximadamente 25 anos, “isso porque esse grupo suíço faz questão que a empresa permanecesse na cidade como Cartão Postal da companhia no mundo inteiro; aqui recebemos visitantes de todas as partes do planeta para ver como é confeccionado um charuto Dannemann”, disse. As peças também são enviadas para países europeus, “nós enviamos para a Alemanha e lá eles exportam para Europa”, destacou. A produção é realizada de maneira artesanal por 12 mulheres. Luiz Araújo ainda diz que o produto é respeitado no mundo inteiro, uma vez que o padrão precisa ser de primeira qualidade. “Se não tiver classe, a empresa não produz o charuto; o nosso foco é a satisfação do cliente”, garante. Ainda segundo o gerente, buscando a qualidade, a fábrica produz da semente aos charutos, não tendo nada terceirizado. “O baiano não tem hábito de fumar, aqui nós vendemos as peças mais aos paulistas. Nós também fabricamos cada charuto com o registro da ANVISA e do Ministério da Saúde, informando em um selo que fumar é prejudicial a saúde do indivíduo, isso com certeza”, concluiu.
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