Em uma cerimônia marcada por informalidade, quebra de protocolo e som de caxirolas, a presidente Dilma Rousseff abriu nesta terça-feira, 23, a exposição "O olhar que ouve", que reúne pinturas e instalações do artista baiano Carlinhos Brown. A mostra fica aberta ao público até o dia 26 de maio no térreo do Palácio do Planalto. A entrada é franca. Descontraída, a presidente fez um rápido discurso, repleto de elogios a Brown, a quem se referiu como um "talentoso e excepcional músico brasileiro". "Vocês vão ver olhando a exposição que, com Carlinhos, a imagem canta, a imagem também canta e essa capacidade de várias vozes, a voz da pintura, a voz plástica, da pintura e da percussão, elas se encontram numa imensa capacidade de criar. Queria dizer pra vocês que a mim me encanta em demasia esse processo do Carlinhos, mostra a imensa força da cultura brasileira. É a capacidade de expressar esse mundo muito particular, específico, que transforma um autor em um grande artista", afirmou Dilma. Com a curadoria da crítica de arte Matilde Matos, "O olhar que ouve" reúne 19 pinturas e cinco instalações do baiano - entre as instalações, está uma repleta de caxirolas que, juntas, formam o mapa do Brasil. O instrumento foi criado por Carlinhos Brown para a Copa do Mundo de 2014, numa tentativa de repetir o sucesso das vuvuzelas no Mundial de 2010, na África do Sul.
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