quarta-feira, 20 de março de 2013

Papa é argentino mas Deus é brasileiro, diz Dilma após encontrar pontífice


A presidente Dilma Rousseff, primeira chefe de Estado a ser recebida pelo papa Francisco após a missa inaugural do pontífice, brincou nesta quarta-feira que os argentinos têm sorte pela escolha de um papa de seu país, "mas Deus é brasileiro". O encontro de Dilma com o argentino Jorge Mario Bergoglio, eleito papa no conclave da semana passada, durou cerca de 20 minutos no Palácio Apostólico do Vaticano. A audiência foi bem-humorada e o papa Francisco falou "portunhol", contou Dilma a jornalistas após a audiência. "Ele disse que está com o Brasil e com a América Latina. É um papa muito normal. Ele fala um portunhol e entende o português", disse a presidente, segundo a Agência Brasil. Questionada por um jornalista sobre o que pensa de o papa ser argentino, Dilma respondeu com bom humor: "Vocês, argentinos, têm muita sorte. A gente sempre diz: o papa é argentino, mas Deus é brasileiro." O papa, que iniciou oficialmente o pontificado a partir da missa inaugural na terça-feira, disse à presidente que pretende visitar a cidade de Aparecida, em São Paulo, onde fica a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, após participar da Jornada Mundial da Juventude em julho, no Rio de Janeiro.
A Basílica de Aparecida, considerada o maior santuário do mundo dedicado a Maria, recebeu em 2007 a 5ª Conferência-Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. O então cardeal argentino Jorge Bergoglio participou da conferência, assim como o agora papa emérito Bento 16. Dilma disse que o papa lembrou da visita a Aparecida na conversa com ela, e a presenteou com um livro resultante da conferência. A presidente contou que o papa fez uma recomendação: "Não leia o livro todo." "'Você não precisa ler tudo porque você pode se aborrecer, então você pega o índice e vai nos assuntos que te interessam', ele me disse", disse Dilma.

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