quarta-feira, 3 de julho de 2013

Só 3,8% das cidades do Brasil têm plano para transporte público

Estopim da onda de protestos que tomou o país, o transporte público carece de planejamento municipal, que é o poder responsável por organizar e administrar o serviço em nível local. Apenas 3,8% das cidades do país tinham, em 2012, um Plano Municipal de Transportes, segundo dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE. A pesquisa completa pode ser consultada no site do IBGE. "Para que se tenha uma ação planejada, a elaboração de um plano é um instrumento que deve ser estruturado e utilizado na definição das políticas setoriais para transporte coletivo, trânsito e vias públicas", diz o IBGE.
O planejamento, afirma, reduz custos e tempo de deslocamento. Outra experiência de sucesso de algumas cidades, segundo o IBGE, é integrar num mesmo órgão a gestão de transporte, trânsito e vias públicas. Entre as cidades com mais de 500 mil habitantes, a existência de um plano específico para o setor de transporte aumentava para 55,3%, de acordo com o IBGE. Apesar da ausência de planos específicos para o setor na maior parte das cidades, 74,3% (4.133) dos municípios declararem possuir um órgão (secretaria, empresa pública, autarquia ou outro) para cuidar do tema. Somente 3,7%, porém, contam com Fundo Municipal de Transporte (criados para gerir recursos destinados ao setor) e 6,4% possuem Conselho Municipal de Transporte (instituição que revela a participação da sociedade na gestão). Foi a primeira vez que a pesquisa levantou dados sobre a gestão do transporte público. O IBGE mapeou ainda os tipos de transporte presentes nas cidades. O ônibus municipal alcança 38% dos municípios e o intermunicipal chega a 85,8% das cidades. No caso do táxi e do mototáxi, os percentuais eram de 83,5% e 55,3%, respectivamente. No Brasil, é mais comum o transporte por barcos (presente em 11,5% das cidades) do que o trem (2,5%) ou o metrô (0,3%).

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