A Arquidiocese do Rio de Janeiro, responsável pela organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), reagiu à ação civil pública do Ministério Público Estadual (MPE) que tenta impedir a prefeitura de prestar serviços de atendimento médico aos peregrinos, durante o encontro católico, entre os dias 23 e 28 de julho. Os organizadores sustentam que a Jornada "está em risco" por causa da ação da promotoria e alertam para a "possibilidade do cancelamento total ou parcial dos eventos que integram a programação" da Jornada. Em nota oficial intitulada "Ação do MPRJ ameaça realização da JMJ Rio 2013", o Comitê Organizador Local (COL) da Jornada, presidido pelo arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, contesta a tese do Ministério Público de que o encontro católico é um evento privado e, portanto, não pode receber dinheiro público. O contrato de profissionais e equipamentos de saúde para a Jornada custará R$ 7,8 milhões aos cofres municipais. O MP pede suspensão imediata da licitação pública aberta pela prefeitura. A Justiça do Rio deu prazo de 24 horas para que o governo municipal se manifeste.
"Paz, solidariedade, justiça, fé e amor são algumas das bandeiras de peregrinos e participantes das Jornadas Mundiais da Juventude (...). Porém, tudo isso está em risco por causa de uma ação civil pública movida pelo MPRJ. Mesmo sem a venda de ingressos, sem fins lucrativos e com a programação aberta a todos, o Ministério Público disse entender a JMJ como um `evento de natureza privada''. O órgão não considerou o papel de parceria desempenhado pelo Poder Público, de todas as esferas, desde a candidatura para sediar o evento (...) A pena, caso a ação seja acolhida pela Justiça, é a possibilidade do cancelamento total ou parcial dos eventos que integram a programação da JMJ Rio2013", diz o comitê organizador.
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