sábado, 25 de maio de 2013

China e EUA ameaçam estabilidade econômica do Brasil


A possibilidade de que a desaceleração na China e a retomada dos EUA ocorram em ritmo mais forte do que o previsto representa um risco para o Brasil. As duas maiores economias do mundo caminham em direções opostas. Se esse descasamento se acelerar rapidamente, o Brasil poderá se deparar com dificuldades para financiar o crescente rombo em suas contas com o exterior, que chegou a 3% do PIB (Produto Interno Bruto). Uma fraqueza mais acentuada da China levaria a uma desaceleração maior das exportações brasileiras, podendo provocar um maior deficit em conta-corrente. Esse saldo negativo nas transações do país com o exterior precisa ser financiado com recursos externos. Nos últimos cinco anos de deficit, os investimentos estrangeiros diretos cobriram os buracos. Em 2013, essa situação mudou. O país voltou a depender de recursos mais voláteis, como investimentos em ações e rendafixa. A expectativa de analistas para a entrada desses fluxos no Brasil em 2013 é boa. A possível pedra no caminho pode ser uma recuperação mais rápida dos EUA. Isso levaria parte desses recursos a sair de mercados emergentes e migrar para ativos americanos, principalmente em um possível cenário de alta de juros nos EUA. 
PROBABILIDADE: 
A probabilidade de que desaceleração mais forte na China e recuperação mais robusta nos EUA ocorram ao mesmo tempo ainda não é considerada grande. Mas tem crescido, segundo analistas. "A chance hoje está entre 10% e 15%. Não é grande, mas também não se pode dizer que seja um risco pequeno", diz André Loes, economista-chefe do HSBC. Reservas de US$ 375 bilhões ajudariam a conter uma desvalorização do real.Economistas ressaltam que, ainda que esse cenário arriscado para o Brasil se concretize, o impacto para a economia não seria drástico como em crises do passado. Mas, segundo o economista Affonso Celso Pastore, a tendência seria de uma "correção contracionista" no Brasil, ou seja, com impacto negativo sobre a atividade: 

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