O Ministério Público Federal (MPF) investiga a qualidade e a quantidade de merenda distribuída nas escolas e centros de educação infantil municipais de Castro, no Paraná. Nesta terça-feira (29), uma escola serviu no almoço apenas uma farofa feita com ovos, cenoura, repolho e farinha. O lanche das crianças é fornecido por empresas terceirizadas desde 2005. Para a secretaria de Educação de Castro, Nilza Gomes Zappe, não há problema em servir apenas farofa para as crianças. “É aceito pelas crianças. Foi feito um teste de aceitabilidade e foi bem aceito”, diz.
Segundo o MPF, as licitações com essas empresas foram fraudadas e os contratos superfaturados. “Ficou visível o valor um pouco acima do valor de mercado e também na quantidade de merenda servidas”, disse o promotor Osvaldo Sowek. De acordo com as investigações, o desvio de dinheiro público chega a quase R$ 10 milhões.
Com base nas investigações feitas até agora, o MPF entrou com um processo contra o prefeito de Castro, Moacyr Fadel Júnior, dos fornecedores da merenda e de outros envolvidos. Ao todo, 18 pessoas tiveram seus bens bloqueados pela justiça. Também foi determinado o cancelamento do contrato com uma das empresas e dado um prazo de 90 dias para que seja feita uma nova licitação.
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