Aprender a conviver com a seca sem precisar ir embora do sertão nordestino passou a ser uma alternativa possível para 80 mil famílias atendidas com a tecnologia social Cisternas de Placas em nove estados do semiárido brasileiro. Dentre eles, a Bahia tem o maior número de unidades construídas pela Fundação BB e parceiros: 18,9 mil em 23 municípios baianos. Na cidade de Cândido Sales, 1,2 mil famílias receberam a tecnologia social, que tem a capacidade de armazenar 16 mil litros de água da chuva e pode servir uma média de cinco pessoas por oito meses de seca. No semiárido baiano, 70,6 mil pessoas são atendidas pela parceria entre a Fundação BB, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Articulação do Semiárido (ASA). A família da agricultora Maísa Farias, 32 anos, vive em um povoado da cidade de Cândido Sales, a 406 quilômetros de Salvador, e conta com uma dessas cisternas há dois anos. Na casa moram o filho da agricultora, de 8 anos, e a mãe, de 75. Maísa explica que, antes de ter o reservatório, perdia a manhã inteira para buscar água em um poço a dois quilômetros de distância e muitas vezes levava o filho junto. Agora, sobra mais tempo para ela trabalhar na roça e para o filho brincar, desenhar e estudar. “Foi a melhor coisa que aconteceu na vida da gente”, revela. Segundo ela, outros parentes também passaram a contar com a água da cisterna para beber e cozinhar e estão “todos muito felizes”.
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