Os xarás Lourival Gonçalves e Sales na porta do cemitério de Dom Macedo Costa, município onde não há registro de mortes por assassinato
Há 15 anos, a Seleção Brasileira poderia ter sido penta na França, mas não foi. Também há 15 anos, Fernando Henrique Cardoso foi reeleito presidente do Brasil. Pois também há 15 anos, em 1998, Agenor poderia ter sobrevivido. Mas não resistiu às pauladas e pedradas. Há 15 anos, um homem de apelido Manoelito se tornou o último homem a matar alguém na cidade de Dom Macedo Costa, a 180 quilômetros de Salvador. Nem por isso ele foi preso. Na ocasião, o responsável pelo caso era um delegado auxiliar, calça-curta como eram chamados. Um dos advogados perdeu o inquérito e tudo ficou por isso mesmo. Hoje, os policiais da cidade sequer sabem o sobrenome de Agenor. Há 15 anos, aquele assassinato de Agenor foi a última “morte matada” em Dom Macedo Costa, cidade que tem cerca de 4 mil habitantes e se resume a uma rua com poucas transversais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário