A Justiça Federal de São Paulo ordenou à Caixa Econômica Federal que forneça os nomes e endereços dos prováveis ganhadores do concurso1.530 da Mega-Sena, que virou motivo de disputa judicial em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Um homem acusa seu irmão de roubar um bilhete premiado da Mega-Sena de R$ 8 milhões. A acusação gerou um inquérito investigado pela Polícia Civil, parando na Justiça Federal. O responsável pela denúncia, José Agostinho dos Santos, 40 anos, morava junto com seu irmão, o motoboy Rogério Agostinho dos Santos, 37 anos, e afirma que foi roubado por ele após vencer o concurso 1.530, sorteado no dia 14 de setembro. José afirma que sempre costuma jogar na Mega-Sena e que sabe que venceu o concurso por conta dos números sorteados. Apesar de garantir ter tido o bilhete roubado, o denunciante só procurou a polícia cerca de dois meses depois. Em ação ajuizada no dia 8 de novembro na Justiça Federal paulista, José Agostinho afirma que o bilhete foi roubado no interior de seu veículo. Ele pede que a Lotérica Camarano, onde teria feito a aposta, disponibilize imagens de suas câmeras de segurança do dia 11 de setembro, entre 8h e 8h30. Além disso, solicita o bloqueio do pagamento do prêmio até que a situação seja esclarecida. Para provar que foi roubado, José escondeu um gravador no quarto de seu irmão e registrou uma conversa em que o acusado fala com sua mulher sobre dinheiro e viagens. A gravação foi o que fundamentou a denúncia à polícia. Apesar da abertura do inquérito e da ação ajuizada na Justiça Federal, a Caixa afirma que o prêmio do concurso questionado já foi pago no dia 20 de setembro, seis dias após ser sorteado. Por questões de segurança, o banco não informa quem foi o vencedor.
Segundo o advogado de Rogério, Daniel Rondi, o caso “beira a loucura”. “Não existe prêmio. Ele é motoboy, (...) tem uma vida condizente com sua realidade econômica. Nunca recebeu valor algum”, disse.
De acordo com Rondi, por conta das acusações, Rogério teve de sair da casa em que vivia com seu irmão depois de ser ameaçado. “Ele já registrou essas ocorrências. Tem primos também que o ameaçam. É muito dinheiro”, disse o advogado.
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