Na noite desta quarta-feira (17), foi dada a largada para a segunda edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA). Já na primeira noite, o Conjunto do Carmo que abriga as mesas da programação literária ficou lotado. A abertura da II FLICA ficou a cargo do Núcleo de Práticas Orquestrais do SESI que executou em frente à Câmara de Vereadores, simphonias de Beethoven, Chopin, e outros músicos renomados. O público prestigiou toda a apresentação e aplaudiu de pé.
Presenças
O tema da mesa de abertura foi “Literatura: introspecção ou exibicionismo?”, os convidados foram o jornalista e escritor Xico Sá e a filósofa e escritora Marcia Tiburi. Estavam presentes dentre outras personalidades: o ex-prefeito de Cachoeira, Ivo Santana; o atual vice-prefeito, Wilson Lago, reeleito para o cargo; o diretor da Rede Bahia, Paulo Sobral; o Superintendente do SESI Bahia, José Wagner Fernandes; o diretor do Centro Cultural Dannemann, Pedro Archanjo; o presidente do Conselho de Cultura de Cachoeira e Gerente Técnico na Fundação Hansen Bahia, Jomar Lima, o secretário de Cultura e Turismo de Cachoeira, Lourival Trindade; e o Diretor de Jornalismo do Jornal A Cachoeira, o ex-vereador Romário Costa Gomes.
Mesa de Abertura
Jorge Portugal, mediador da primeira mesa, abriu a FLICA 2012 citando Castro Alves e falando da importância do livro para em seguida comandar o bate-papo entre Xico Sá e Marcia Tiburi que juntos arrancaram risos da plateia. Marcia falou sobre o seu processo criativo: “Para escrever, eu tenho que estar sozinha. A gente precisa de solidão, precisa se esconder. Eu não sei se fico sozinha para escrever, ou se escrevo para ficar sozinha.” Já Xico, lembrou da sua “dupla militância” com o jornalismo e a literatura e falou da sua relação com outros escritores: “Ler Jorge Amado, Graciliano Ramos, é um exercício de humilhação para o escritor. Você pensa: o que eu vou dizer agora?”
Os dois escritores falaram também das suas experiências no programa “Saia Justa”, do canal GNT, onde Marcia trabalhou por cinco anos e Xico trabalha atualmente. O bate-papo também rendeu boas tiradas sobre feminismo/machismo, e o falso moralismo da sociedade brasileira.
Programação Paralela
Os bares e restaurantes de Cachoeira lucraram bem com o ótimo movimento do primeiro dia de evento. Três exposições foram abertas “Uns Quase Iguais”, no Pouso da Palavra; “Paideia”, no NUDOC/UFRB; e “Coreografia de Uma Mente Delirante”, na sede do projeto Muleki É Tu. A Varanda do SESI, no museu do IPHAN recebeu apresentações da Lyra Ceciliana e do grupo de chorinho “Os Ingênuos”. Além de atividades do Teatro do SESI e de uma exposição com quadros pintados por idosos da Casa dos Velhos de Cachoeira.
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