sexta-feira, 25 de julho de 2014
Julho é o mês em que mais se morre na Bahia; frio e chuva são os vilões
Dizem que só há uma certeza na vida: a morte. Pois agora há outra: de que a chance de ela vir em um mês de julho é maior. Pelo menos no Brasil. E também na Bahia. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisados pelo CORREIO mostram que, entre 2003 e 2012, julho foi o mês com mais mortes por dia em cinco ocasiões. Em outras duas, junho ficou na frente. Nos últimos dez anos, morreram, em média, 70 mil pessoas por ano na Bahia (considerando causas naturais e violentas). Se a distribuição fosse regular, cada dia deveria ter 192 óbitos, em média. Julho, porém, registra média de 201 mortes por dia — 17 óbitos a mais do que novembro, o mês com menos falecimentos. Embora a diferença não seja tão grande com relação aos outros meses, ela é constante. No Brasil, o cenário é semelhante. São, em média, 1 milhão de mortes por ano, o que daria 2,9 mil mortes por dia. Julho, porém, tem média de 3,1 mil mortes diárias. Mas qual seria a razão para tantos fins numa mesma época? “A primeira hipótese é a questão climática, porque é um mês mais frio, o que facilita a propagação de doenças respiratórias. No Inverno, as pessoas ficam mais próximas umas das outras, e isso aumenta o contágio e, posteriormente, o agravamento do quadro”, analisou o coordenador de disseminação de informações do IBGE na Bahia, Joilson Rodrigues.
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