Desde o início do mais recente confronto entre Israel e o grupo islâmico Hamas, na Faixa de Gaza, iniciado no dia 8 de julho, 15 brasileiros deixaram a região dos conflitos e 31 permanecem em suas casas. De acordo com o Escritório de Representação do Brasil na Autoridade Nacional Palestina, em Ramala, na Cisjordânia, os que continuam na zona de conflito alegam motivos pessoais, familiares, não ter para onde ir e até medo de sair de casa. Entre os que deixaram Gaza, 12 brasileiros – sendo 11 de duas famílias, primas entre si, e uma mulher cuja família já estava no Cairo – atravessaram a fronteira para o Egito. Uma freira brasileira foi para Belém, na Cisjordânia, e mais duas mulheres, mãe e filha, serguiram para a Jordânia. Quando o conflito se iniciou, a representação brasileira entrou em contato com os brasileiros na região e, em seguida, com a Organização das Nações Unidas (ONU) e as autoridades dos países para onde os brasileiros pretendiam se deslocar. Entre os brasileiros, poucos são nascidos no Brasil e os outros herdaram a cidadania brasileira por serem filhos de brasileiros ou de palestinos que viveram no Brasil e conquistaram a cidadania depois de um tempo. Com exceção das duas mulheres que foram para Amã, na Jordânia, os demais brasileiros tiveram de se deslocar por conta própria até a fronteira. Mãe e filha tiveram auxílio da ONU e foram transportadas em um comboio com vários estrangeiros. Todos os deslocamentos são feitos em “janelas de oportunidade” ou “tréguas humanitárias”, como são chamados os curtos períodos de cessar-fogo.
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