segunda-feira, 17 de junho de 2013

SP: quem não protesta diz não se importar em chegar mais tarde em casa

Multidão participa da manifestação em São Paulo nesta segunda-feira
Enquanto uma multidão passa pela avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, para protestar contra o aumento do preço da passagem de ônibus, as pessoas que não participam da manifestação - e têm que chegar mais tarde em casa, já que o transporte na região ficou prejudicado -, dizem não se importar com o problema. "Eu sou do tempo da ditadura militar, quando o povo protestava por mudança, mas nada mudou até hoje. É bonito ver tanta gente reivindicando nossos direitos, que não são respeitados", diz Valdete Avana, 61 anos, secretária. A mulher esperava os ativistas passarem para poder chegar ao metrô (que fica no caminho contrário ao dos manifestantes) e voltar para casa. A maior parte dos prédios da região, que são em sua maioria comerciais, está vazia, já que as empresas liberaram mais cedo os funcionários. José Maria Aguiar, dono de uma lanchonete na Faria Lima, diz que tentou fechar o estabelecimento mais cedo. Contudo, o comerciante diz que o medo dele não era pela violência, mas pelo excesso de movimento. "Eu queria fechar, mas não dá. Tem muita gente. Está acabando tudo", disse apressado para atender os manifestantes que davam uma pausa no protesto. 
Perto de um ponto de táxi - sem nenhum taxista -, duas mulheres também aguardavam o fim da manifestação para voltar para casa. Margarida Maria Garcia, auxiliar administrativo que esperava os ônibus voltarem a circular na região, disse apoiar a manifestação. "Atrapalhar, atrapalha mesmo, mas não é incômodo. Se continuar assim (pacífico), eu apoio. Não faz tão mal chegar um pouquinho depois em casa." 

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