domingo, 18 de março de 2012

Executivos da Chevron são proibidos de deixar o país

Dezessete executivos das empresas Chevron e Transocean envolvidos no acidente ocorrido em novembro na bacia de Campos, no litoral do Rio, estão impedidos de sair do país sem autorização judicial. De acordo com o procurador da República em Campos Eduardo Oliveira, a medida cautelar foi concedida ontem à noite pelo juiz de plantão da 4ª Vara Criminal. "Como vai ter denúncia criminal e a maioria é de estrangeiros, pedi que fosse impedida a saída deles", informou o procurador. Oliveira pretende entrar na próxima quarta-feira (21) com denúncia (acusação formal) contra a empresa, depois que um segundo acidente voltou a jogar petróleo no mar, no último dia 4. Nove dias depois a Chevron descobriu que a origem do óleo era uma nova fissura aberta no solo marinho, de onde continuam saindo bolhas de óleo.
No primeiro acidente também ocorreu uma fissura e até hoje o afloramento de gotas de óleo não foi controlado. Em novembro do ano passado, um erro de pressão durante a perfuração da Chevron no campo de Frade, na bacia de Campos, provocou o vazamento de pelo menos 2.400 barris de petróleo no mar. No início desse mês, a empresa detectou outro vazamento, a 3 km do primeiro acidente, e informou que recolheu 5 litros de petróleo. O volume é contestado pelo procurador. Ele também diverge da empresa em relação à causa do acidente e avalia que o novo vazamento está ligado ao acidente de novembro. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) também afirmou que é provável que a segunda ocorrência seja consequência do primeiro acidente.

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