
"Aos defensores dos direitos humanos, que se apiedaram do marginalzinho preso ao poste, eu lanço uma campanha: faça um favor ao Brasil, adote um bandido”. Foi assim que Rachel Sheherazade encerrou, no dia 4, mais um dos inflamados discursos que se tornaram a sua marca na bancada do SBT Brasil. Mas a repercussão da opinião da âncora sobre o caso do adolescente suspeito de praticar roubos e furtos no Flamengo que foi espancado e preso nu pelo pescoço a um poste com uma trava de bicicleta por três homens foi muito além do que qualquer outras das polêmicas em que havia se envolvido antes. Nas redes sociais, o vídeo foi compartilhado ad nauseam, choveram críticas - e algumas demonstrações de apoio. Na última terça, um grupo de parlamentares protocolou, na Procuradoria Geral da República, uma representação contra a jornalista e o SBT por apologia ao crime. O Ministério Público vai iniciar uma investigação. A jornalista, uma paraibana de 40 anos, pareceu não se abalar com a possibilidade de ser investigada e processada. “Esse burburinho não passa de jogo político. Qualquer um pode te acusar de qualquer coisa. Quero ver provar”, afirmou Rachel, que preferiu dar entrevista por e-mail.
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