No oeste da Bahia, assaltos milionários têm ocorrido nas grandes fazendas de soja, milho e algodão. Uma história que, além do prejuízo material, está abalando a autoestima do agricultor. Alguns até pensam em sair da atividade. A região que concentra municípios como Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Barreiras, transpira riqueza com as máquinas de última geração. As lavouras de alto investimento despontam como um dos principais celeiros na produção de grãos do Brasil. Só que o sucesso conseguido no campo tem atraído quadrilhas especializadas no assalto a produtos agrícolas. Uma das coisas mais difíceis de encontrar na região é uma propriedade com a porteira destrancada. Hoje, a situação é diferente, com portões eletrônicos, segurança para receber o visitante e ninguém é bem-vindo se não tiver avisado antes. Depois de serem assaltados, muitos agricultores investiram em alambrados, iluminação e segurança privada. Pelo menos na área da sede da propriedade. Foi o que fez um produtor que não quis ser identificado. A fazenda dele foi invadida três vezes no último ano. “É uma operação de guerra mesmo. Eles são muito organizados. Já roubaram defensivos e equipamentos GPS, essas coisas”. O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, que engloba oito municípios da região, Vanir Kill diz que a situação dos assaltos se agravou de três anos para cá.
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