A possibilidade de epidemia de dengue neste verão, na Bahia, é confirmada pela superintendente de Vigilância e Proteção à Saúde da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Alcina Andrade. "A possibilidade é concreta. A população ainda não está imune ao vírus com sorotipo 4 que tem circulado. A introdução desse sorotipo coloca toda a população em situação de suscetibilidade", alerta a superintendente. Alcina Andrade diz que o aumento do número de casos este ano e as condições climáticas do verão baiano são fatores que facilitam uma epidemia. "As condições climáticas tornam-se favoráveis, pois a reprodução do vetor e o ciclo dele ficam mais curtos. Como é um período em que chove muito na Bahia, aumenta a oferta de criadouros no meio ambiente", diz.
Até outubro deste ano, a Sesab registrou 68.414 notificações de dengue, 27 óbitos e 211 casos confirmados da forma grave da doença (hemorrágica). Pelo menos 401 municípios baianos apresentaram ocorrências de dengue. O número de casos até outubro deste ano é superior aos anos de 2010 e 2011, quando houve 59.836 e 55.460 notificações, respectivamente. O número de mortes também supera o do ano passado: foram 27 óbitos até outubro, contra 18 em 2011. Já em 2010 foram 37 óbitos e 795 casos graves. De acordo com o Comitê Estadual de Prevenção à Dengue, dez municípios baianos - incluindo Salvador - já estão em estado de alerta. São eles: Feira de Santana, Guanambi, lhéus, Itabuna, Jacobina, Jequié, Senhor do Bonfim, Serrinha e Teixeira de Freitas. Juntos, eles correspondem a 44,8% dos casos da doença em todo o Estado. Na capital baiana, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os distritos sanitários que apresentam maior risco de contaminação são Valéria, São Caetano, subúrbio ferroviário, Pau da Lima e Boca do Rio.
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