O juiz Ruy Eduardo Almeida Britto, da 6ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), expediu uma liminar nesta terça-feira (10) que proíbe novamente a participação de jegues e cavalos no cortejo da Lavagem do Bonfim, que acontece nesta quinta (12), em Salvador. O documento tem teor semelhante ao anterior e designa o Comando Geral da Polícia Militar, que contará com mais de 2 mil policiais no festejo, para cumprimento da decisão. Ana Rita Tavares, presidente da Federação Baiana de Entidades Ambientalistas Defensoras dos Animais (Febadan), apoiou a decisão judicial. “Nossa luta é pelo direito à vida, pelo respeito aos animais, que ao longo de mais de 220 anos de festa foram maltratados”, declarou ao jornal Correio.
Já para Ubiratan Tavares, 70, mais conhecido como Bira do Jegue, impedir a participação dos animais significa quebrar a tradição da lavagem. “O jegue, que levava a água para lavar a escadaria, é um símbolo do Nordeste, do trabalho, da seca. Jesus fugiu em um jegue”, defende. O futuro dos animais em festas populares será decidido na próxima segunda (16), quando a ação criminal movida por ONGs e pelo Ministério Público irá a julgamento no Juizado Especial Criminal de Nazaré.
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