segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Antidepressivo acarretam riscos ao bebê

Tomar antidepressivos no fim da gravidez pode dobrar o risco de dar à luz a bebês com hipertensão pulmonar persistente, segundo estudo, publicado nesta sexta-feira, realizado nos países do norte europeu. "Tomar antidepressivos do tipo ISRS (Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina) após a 20ª semana de gestação foi associado a um risco dobrado de hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido", segundo as conclusões do estudo realizado pelo prestigiado Instituto Karolinska, em Estocolmo. O número de recém-nascidos que sofrem desta doença é de 1,2 a cada mil, em média, acrescenta o instituto, salientando que a taxa de mortalidade em indivíduos nascidos com hipertensão pulmonar persistente é de 15%.
O estudo do Karolinska levou em conta 1,6 milhão de nascimentos entre 1996 e 2007 em cinco países do norte da Europa (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia). Este é o primeiro estudo representativo desta magnitude, que complementa a pesquisa Chambers, publicada em 2006 no New England Journal of Medicine. Segundo o estudo, 11 mil mulheres que tomaram antidepressivos no final da gravidez deram à luz 33 crianças com hipertensão pulmonar. "Os médicos que tratam pacientes grávidas contra a depressão devem tentar considerar uma abordagem não medicamentosa", adverte a responsável pelo estudo, Helle Kieler, em um comunicado. Os antidepressivos ISRS são amplamente utilizados e incluem vários tipos de princípios ativos, incluindo a fluoxetina, vendida sob o nome de Prozac. O estudo ainda constatou que os riscos são os mesmos para todos os princípios ativos estudados, ou seja, a fluoxetina, citalopram, sertralina, paroxetina e escitalopram. (Band)

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